É difícil encontrar alguém que insiste em manter uma vida distanciada de Deus capaz de nos surpreender com atitudes de complacência para com nossos erros, sejam eles voluntários ou involuntários. Alguém que diante das falhas do próximo desenvolve dentro de si sentimento de vingança não pode ostentar o título de cristão.
Todo bônus exige ônus. O cristianismo é fantástico em todos os sentidos, iniciando no aspecto físico passando pelo emocional e culminando no espiritual que é eterno. Entretanto, para usufruir dos benefícios que ele oferece, é necessário pagar um preço.
Não encontramos na Bíblia base para julgar que o cristianismo é barato. Ao contrário, ao examinarmos as Escrituras Sagradas notamos o quanto custou. A Bíblia narra os passos de Jesus em direção ao calvário. Leia com atenção: “Então, os soldados do governador levaram Jesus ao Pretório e reuniram toda a tropa ao seu redor. Tiraram-lhe as vestes e puseram nele um manto vermelho; fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Puseram uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: "Salve, rei dos judeus! ". Cuspiram nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela na cabeça. Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então o levaram para crucificá-lo” – (Mateus 27:27-31).
Graças a Deus não existe hoje necessidade de derramamento de sangue para se alcançar a salvação. A salvação é graça de Deus. A Bíblia diz: “Mas quando se manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso Salvador, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna” – (Tito 3:4-7).
No entanto, viver o cristianismo requer uma postura digna de quem foi regenerado pelo sangue de Jesus Cristo sendo transformado de tal forma que o perdão aos devedores não é sacrificial. O cristão não discute os ensinos de Jesus. Jesus diz que é para fazer, ele faz. Certa vez Pedro, um dos discípulos perguntou a Jesus: "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? " Jesus respondeu: "Eu lhe digo: não até sete, mas até setenta vezes sete” – (Mateus 18:21-22).
Avalie sua alma neste momento. Deixe-a desnuda e visualize se existe alguma raiz de amargura dentro dela. Caso exista, não hesite em liberar perdão ao devedor INCONDICIONALMENTE. Lembre-se, o devedor não precisa necessariamente chegar até você, reconhecer que errou e solicitar o perdão. O perdão independe de circunstâncias. Faça isto, preferencialmente em voz alta para que o inferno seja frustrado em seus intentos. Perdoe e desfrute dos benefícios que o evangelho oferece a todos os cristãos autênticos. Amém?
[Recomendo Mateus 18:23-35 como leitura adicional]
_______________ Capelão – Plínio.